Eu, porém, lhes digo: amem os seus inimigos e orem pelos que perseguem vocês, para demonstrarem que são filhos do Pai de vocês, que está nos céus. Porque ele faz o seu sol nascer sobre maus e bons e vir chuvas sobre justos e injustos.
Mateus 5:44-45 NAA
https://bible.com/bible/1840/mat.5.44-45.NAA
Gosto da ilustração sobre a guerra entre as formigas vermelhas e pretas que viviam em um mesmo pote e alguém sacudiu o ambiente fazendo com que se tornassem inimigas. Em um mundo polarizado como o nosso estamos gerando inimizades por desconhecer o inimigo real.
O pecado é este inimigo que nos atormenta e nos faz descontar em nosso próximo todas as nossas tristezas. Só deixamos de ser inimigos quando enxergamos Deus, sua glória, seu amor, sua obra e a sua vontade. Entregou seu Filho para nos dar esta nova perspectiva e nos chama a não mais sermos seu inimigo ou uns dos outros. Ao invés de sacudir o vidro das formigas Deus nos envia a Cristo para nos revelar que nós mesmos somos responsáveis pela desconfiança e ódio em nossos corações.
Em Cristo descobrimos nossa verdadeira natureza e somos chamados a não mais nos irarmos uns contra os outros, mas para nos tornarmos filhos do altíssimo, perdoadores e pacificadores no meio da tormenta da ira e da irracionalidade que impera em nossos dias. Precisamos enxergar o erro e pará-lo o quanto antes.
O mundo permite que todos recebam oportunidades. Facilidades e dificuldades vêm sobre todos. Doenças, desemprego, dor, tristeza, alegrias, todos os têm em diferentes medidas e não será por mérito, mas pela soberania de Deus que conhece nossos corações e nos dá para nossa edificação o que nos é necessário ao crescimento de nossas vidas.
Inimigos se tornam oportunidades de crescimento, pois nos forçam a agir com zelo e determinação. Sem isto pereceremos pelo caminho. Inimigos se levantam para nos tornar alertas, mas Deus nos declara que devemos amá-los também. Ele nos ensina que estes inimigos são pessoas que não sabem o que estão fazendo e, no nosso procedimento em amor, aprenderão o verdadeiro caminho.
Mostrar a saída ao inimigo é ajudá-lo a crescer. Fundamentalmente deixaremos de ser inimigos declarados e só nos manteremos assim se o desejarmos. Não há motivo de luta contra quem amamos. Se amarmos não desejaremos o mal, mas apenas o bem para quem é amado. E quando um não quer dois não lutam. Torna-se vazio o canto do oponente e não há verdadeira vitória para quem não teve oponente.
Deus se alegra quando inimigos se perdoam e voltam a conviver em harmonia. Não somos formigas para nos destruirmos, mas seres humanos criados a imagem de Deus para cuidarmos de sua criação e adorá-lo. Enquanto lutarmos perderemos o principal. Quando amarmos nosso inimigo estaremos colorindo a vida a nossa volta. Nosso medo em recebermos um tiro pelas costas não deve superar a alegria de mudarmos o curso da história.
É tempo de desarmarmos as bombas à nossa volta. Não ganharemos com isto, muito pelo contrário. Trincheiras mataram seus ocupantes e ninguém venceu no final. Cada um voltou para casa com o gosto da tristeza das guerras sem sentido. Pior para quem tirou uma vida ou perdeu seus companheiros. Lamentará e não recuperará o que se perdeu. Em Cristo alteramos o curso da história. Nele vencemos o mal e instauramos novo tempo. Nele o perdão traça novas estradas e novos prédios. Dias cinzentos voltam a trazer cores e vidas são refeitas.
Oremos a Deus pelo mundo. Que paremos de sacudir o vidro da vida e de olharmos nosso próximo como nosso inimigo. Sejamos construtores e defendamos a vida. Felizes os pacificadores porque verão a Deus e se alegrarão eternamente!
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