Eu queria conservá-lo comigo, para que ele me servisse em seu lugar nas algemas que carrego por causa do evangelho. Mas não quis fazer nada sem o seu consentimento, para que a sua bondade não venha a ser como que uma obrigação, mas algo que é feito de livre vontade.
Filemom 1:13-14 NAA
https://bible.com/bible/1840/phm.1.13-14.NAA
No evangelho não deve haver atos por obrigação, mas porque amamos ou enxergamos a demanda como parte das nossas tarefas a serem realizadas. Por que fazemos algo para alguém? Por que doamos nosso tempo ou recursos financeiros? Por que abrimos mão de uma mudança de trabalho ou de uma promoção?
Nada destas coisas deve ser feito por obrigação, mas de coração. Algumas vezes tenderemos a obedecer porque sabemos que a palavra nas escrituras nos diz para fazermos mas, sem o pleno entendimento, cedo ou tarde jogaremos na cara de alguém que o fizemos por culpa ou obrigação.
Paulo envia o escravo de um amigo de volta a ele sem que usufruísse deste escravo para que seu amigo pudesse lhe dar a alforria. Não o obrigou a nada, mas mostrou que seria o certo a fazer neste caso. Muitas vezes seremos confrontados pelo evangelho a fazermos o que não queremos. Como iremos reagir? A obediência cega não é vantajosa em muitas das vezes, embora seja necessária em alguns casos. Nem sempre entendemos a tempo de decidirmos.
A grande questão é conhecermos os preceitos de Deus e o seguirmos. Com o tempo iremos reduzir nossas dúvidas e estaremos caminhando nos passos de Cristo. Quando tivermos dúvidas oremos e consultemos os seus ensinos. O evangelho é vida e nos trará paz, ainda que tenhamos de fazer muito do que não gostamos à princípio. Na caminhada deixaremos para traz o egoísmo, a vaidade e tantas outras coisas que nos impedem de fazermos o bem a quem precisa.
O que estiver ao nosso alcance para benefício do reino deve ser feito. Podemos contender com Deus, mas ele sempre tem razão. A sabedoria divina nos transforma e nos desafia. Hoje somos os Onésimos, úteis ao propósito de Deus, aqueles a quem o Senhor delegou seus recursos para ampliarmos seu reino espiritual. Que seja isto o nosso norte nas nossas decisões e não a obrigação em fazê-lo.
Seremos realmente bondosos quando isto for parte de nós, o querer fazer o bem. Cristo nos chama para isto e ele nos capacita pelo Espírito a chegarmos lá. É um dom, um fruto, é divino!