“Mas, quando Deus viu que seu povo era culpado, disse: “Está chegando o dia, diz o Senhor, em que farei uma nova aliança com o povo de Israel e de Judá. Não será como a aliança que fiz com seus antepassados, quando os tomei pela mão e os conduzi para fora da terra do Egito. Não permaneceram fiéis à minha aliança, por isso lhes dei as costas, diz o Senhor. E esta é a nova aliança que farei com o povo de Israel depois daqueles dias, diz o Senhor: Porei minhas leis em sua mente e as escreverei em seu coração. Serei o seu Deus, e eles serão o meu povo. E não será necessário ensinarem a seus vizinhos e a seus parentes, dizendo: ‘Você precisa conhecer o Senhor’. Pois todos, desde o mais humilde até o mais importante, me conhecerão. E eu perdoarei sua maldade e nunca mais me lembrarei de seus pecados”. Quando Deus fala de uma “nova aliança”, significa que tornou obsoleta a aliança anterior. E aquilo que se torna obsoleto e antiquado logo desaparece.”
Hebreus 8:8-13 NVT
https://www.bible.com/1930/heb.8.8-13.nvt
A Nova Aliança é instituída em Cristo. Foi feita para que não acontecesse como ocorreu na Antiga Aliança, quando o povo se apartou novamente de Deus e dos seus decretos. Em Cristo estes decretos são inscritos no coração humano e não há como ignora-los.
Por que, então, temos ouvido tanto para não ignorar-mos o Espírito Santo que deveria estar habitando em todos os que crêem nesta Aliança? Onde está o erro humano na Nova Aliança em que o próprio autor de Hebreus alerta que é possível abandonar também esta Aliança?
É aqui que o livre-arbítrio surge. Assim como uma aliança é feita e mantida pelo procedimento de duas partes, Deus não fará a dEle e a nossa. A dEle sempre é a de nos mostrar o caminho e nos capacitar a segui-lo, enquanto a nossa é nos manter fiéis, obedientes, humildes, tementes e perseverantes.
O mundo é o mesmo em qualquer das alianças. As dificuldades, o Sol e os elementos, até mesmo as facilidades chegam a ser as mesmas, mas não o proceder e as consequências. Na Velha Aliança a salvação vem pelas obras de obediência, enquanto na Nova Aliança vem pela fé em Jesus Cristo que nos capacita para estas mesmas obras. Não podemos negar que precisamos mostrar a fé pelas obras, pois estas atestam o fruto e a árvore que frutifica, mas o processo de frutificação é diferente.
Deus continua esperando um povo santo que lhE obedece e glorifica, mas hoje o Espírito Santo proporciona novas capacidades ao estar em nossos corações apontando-nos o caminho. Ainda assim podemos ignora-lo e viver pela nossa própria sorte. Sempre é possível abandonar a fé, senão a salvação é pré-determinada e não haveria justiça divina em controlar a vida do homem para o céu ou inferno.
Somos culpados de nossos pecados e sujeitos à mesma condenação. Se fizemos uma aliança com Deus somos homens capazes de quebra-la se não formos dedicados ao Senhor. É aqui que encontramos a maior dificuldade em qualquer tempo, pois nossa carne milita contra o Espírito Santo e cabe a nós domina-la com a ajuda do próprio Espírito!
Glórias a Deus porque na Nova Aliança o Espírito é sempre presente e não nos desampara nesta luta pelo Domínio Próprio! O que seria de nós sem esta ajuda? Mas não podemos simplesmente cruzar os braços e apenas ouvir o Espírito. Produzir o fruto é vivenciar as Boas Novas na prática diária do amor e isto depende de nós. Quem age é o ser humano e quando não age não expressa o amor de Deus. Controlar-se a ponto de não falar mentiras e não ofender é uma ação mental e é também um fruto de louvor a Deus!
Nossas obras refletem nossa fé para com Deus. Em Cristo recebemos o poder do alto para nos ajudar em todas as coisas. Ainda que sejamos abençoados com a salvação somos capazes de não vivermos para a glória de Deus e isto caberá ao Senhor perdoar ou afastar cada um de nós. No evangelho fica claro aquele que não produz será cortado, pois não tem em seu coração a vontade de produzir. Portanto, não é útil e não gera vida para outros.
O Espírito Santo vem fazer morada para nos tornar férteis em Cristo. Como não produzir então? Dizendo não a Deus e sendo rebelde. Como dizer sim e depois dizer não? Quando estamos indo por emoção e não por convicção. Cuidemos de entender nossa motivação para adorarmos a Deus. Adoradores adoram por amor e não por obrigação. Na obrigação cansaremos e desistiremos na hora mais difícil. Adoradores enxergam o galardão já recebido e não identificam a limitação própria, pois reconhecem o poder de Deus sobre as suas vidas.
Por que aliança estamos vivendo? Será que estamos decididos a viver em Cristo ou estamos sendo levados por modismo? Confiar em Deus é receber tudo o que é necessário para a caminhada. Há também uma cruz a carregar e um caminho estreito para passar, mas isto é necessário para que não esqueçamos das outras pessoas. Afinal, viver o evangelho é apontar a Cristo para as outras vidas à nossa volta, e só o verão através do nosso amor em sacrifício e fé naquele que nos livrou da morte do pecado.
Nosso tempo traz desafios não muito diferentes dos tempos anteriores, mas há facilidade de acesso ao evangelho como nunca tivemos antes. Que possamos ao menos espalhar este evangelho da graça que transforma e edifica. Nada nos separará do amor de Deus se estamos em Cristo. Nem a morte tem este poder. Não nos preocupemos com nada neste mundo, pois já vencemos todas as coisas com o Senhor. Que a paz do Senhor Jesus seja convosco!
Ano 2#117