“Respondeu-lhes Jesus: É chegada a hora de ser glorificado o Filho do Homem. Em verdade, em verdade vos digo: se o grão de trigo, caindo na terra, não morrer, fica ele só; mas, se morrer, produz muito fruto. Quem ama a sua vida perde-a; mas aquele que odeia a sua vida neste mundo preservá-la-á para a vida eterna.”
João 12:23-25 ARA
https://www.bible.com/1608/jhn.12.23-25.ara
Jesus quis dizer que a sua morte geraria vida em nós. Se ele permanecesse vivo continuaria sendo o Unigênito Filho de Deus, mas por sua morte, transformou-se no Primogênito, nos dando a oportunidade de sermos filhos com ele!
A morte e ressurreição de Jesus foi a semeadura espiritual que se fez necessário em uma terra árida. Jesus aguardou a “abertura dos veios” a partir de João Batista (pregador do arrependimento), tornou-se a semente, e o Espírito Santo é a irrigação. Nossos corações são as terras a serem semeadas.
A terra que não se abre não recebe a semente. Não adianta pedir água se a semente não for depositada. Ocorre que a semente que não penetra no solo queimará na superfície! E “abrir o veio” é o arrependimento de nossos pecados.
“Ouvi: Eis que saiu o semeador a semear. E, ao semear, uma parte caiu à beira do caminho, e vieram as aves e a comeram. Outra caiu em solo rochoso, onde a terra era pouca, e logo nasceu, visto não ser profunda a terra. Saindo, porém, o sol, a queimou; e, porque não tinha raiz, secou-se. Outra parte caiu entre os espinhos; e os espinhos cresceram e a sufocaram, e não deu fruto. Outra, enfim, caiu em boa terra e deu fruto, que vingou e cresceu, produzindo a trinta, a sessenta e a cem por um.”
Marcos 4:3-8 ARA
https://www.bible.com/1608/mrk.4.3-8.ara
Somos a terra árida, que precisa ser preparada, adubada, semeada, irrigada e colhida. Muitas vezes não desejamos passar pelo processo, pois nos acostumamos a sermos áridos e sem vida. No entanto, este processo permitirá que sejamos frutíferos. Enquanto secos, nada acrescentamos e morreremos secos. Se nos abrirmos à Cristo, seremos abundantes em frutos espirituais.
Só Cristo é a semente. Podemos continuar a receber chuvas sobre nós, mas se não nos arrependermos e nos abrirmos para a semeadura, nunca seremos produtivos. A questão é se vamos ou não receber a semente!
Deus entregou Jesus para todos receberem a semente. Quem a recebe frutificará. Quem não a recebe, permanecerá improdutivo e morto eternamente! Eis porque é necessário nos arrependermos de nossos pecados. Se não reconhecemos que somos pecadores não entendemos que precisamos de um Senhor e salvador e, portanto, não precisamos da semente!
As diferentes situações onde a semente caiu mostram que o mundo busca impedir a semente de crescer em nós e cabe a cada pessoa cuidar de como esta semente será colocada. A explicação da parábola nos ensina que não é só nos arrependermos e recebermos a semente, mas que ela seja depositada e mantida como prioridade em nossas vidas. O descuidar dela é permitir que espinhos venham e a sufoquem.
Há um aspecto muitas vezes ignorado na salvação do homem. Recebemos Cristo porque Deus o enviou por amor. Não fizemos por merecer. A permanência em Cristo é uma atividade conjunta entre o Espírito Santo e nosso espírito. Só os que permanecerem cuidando da semente vão poder colher muito fruto. A palavra nos ensina que nem todos que chamam Cristo de Senhor entrarão no reino (Mateus 7.19-23).
Portanto, se desejamos ser como Cristo, ao nosso tempo seremos semente na vida de alguém e isto será quando estivermos prontos para morrermos para este mundo e vivendo para a eternidade. Os que aqui desejam viver, aqui morrerão. Os que morrerem para este mundo já estão frutificando para o reino definitivo, o espiritual!